quinta-feira, 8 de maio de 2014

Como ferramenta estratégica na eficiência organizacional;

DO FORDISMO A ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL

O fordismo nasce dos princípios do controle taylorista do trabalho, produção em longa escala, e a manutenção onde o sistema de rendimentos permite que os trabalhadores possam consumir os produtos produzidos por eles.
            No final da década de 60 esta concertação começou a dar sinais de exaustão mudanças econômicas, sociais e políticas abriram caminho para a fixação da chamada acumulação flexível, caracterizada por: instabilidade; manutenção de desemprego estrutural; fortalecimento do subemprego e de regimes instáveis de trabalho; dilapidação do poder sindical; aceleração do ritmo de inovação do produto com redução do ciclo de vida da mercadoria; focalização de nichos e produção em escalas menores; entre outros fatores.

DEFINIÇÃO DE PAPÉIS
Uma empresa não pode ser considerada apenas como uma produtora de bens de consumo ou serviços, mas como alguém que tem um papel sócio cultural  que compreende as seguintes características:
      Geração de emprego;
      Incentivo ao desenvolvimento de ciência e tecnologia;
      Elaboração de processos e estratégias.

COMUNICAÇÃO: FUNÇÃO BÁSICA E RESULTADOS

Segundo Maria Alzira (2010,P.82) “ ... A comunicação dentro da empresa contribui para a definição de metas e objetivos, além de possibilitar a integração e o equilíbrio entre seus componentes.
            As empresas não são isoladas do mundo exterior dependendo de fatores extras para poder sobreviver. Por isso as empresas devem sempre estarem atentas a três grandes sistemas:
      O sociopolítico, que envolve valores da sociedade e politicas para o meio ambiente;
      O econômico industrial, que compreende os padrões de competição e as leis do mercado;
      Microclima interno das organizações, que define normas e políticas das operações empresariais.

Tecnologia Empresarial
A comunicação dos homens entre si, entre os homens e as máquinas, e entre as máquinas, é uma via de pesquisa em plena expansão em diversas áreas do conhecimento. Um número cada vez maior de meios de comunicação é colocado à disposição das organizações para tornar possível a troca de informações, no tempo e no espaço, tanto no âmbito interno, quanto no âmbito externo das organizações.

Nos dias atuais, com a globalização da economia e com um número cada vez maior de meios de comunicação disponíveis às organizações para a troca de informações, todos devem estar convencidos da necessidade das empresas de se organizarem e de se comunicarem.
A função da comunicação na empresa é promover consentimento e aceitação. Para tanto, é necessária uma estrutura de coordenação que possibilita:
èCapacidade de responder com rapidez e adequação às contingências, ameaças e riscos;
èHomogeneidade da linguagem;
èHarmonia na preservação dos códigos visuais e escritos;
èSinergia;
èRacionalização dos processos financeiros e administrativos;
èDistribuição ordenada de tarefas;
èMelhor direcionamento da mensagem e seleção de veículos adequados de comunicação.

OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

      Entre os objetivos da comunicação empresarial, salienta: conscientizar a opinião pública de que a empresa é excelente “cidadã” tanto do país quanto da comunidade, em que atua, e se esforça ao máximo para contribuir para a obtenção do bem-estar psicossocial da comunidade e dos indivíduos.

COMUNICAÇÃO EFICAZ E EFICIENTE

      A comunicação completa e eficaz, entendida como o fornecimento ou troca de informações, ideia e sentimentos, através de palavras, escrita ou oral, ou de sinais.
       Uma boa organização deverá possuir um sistema de comunicação eficiente. É de considerar que muitos acertos, enganos, distorções são cometidos porque as comunicações dentro das empresas são mal compreendidas.

Comunicações Estratégicas
      A comunicação Empresarial define-se como uma atividade sistêmica, de caráter estratégico. Tem como objetivo criar, manter ou mudar para favorável (se for negativa) a imagem da empresa junto a seu público.
      Não basta ter um site interativo e um patrocínio de um evento de grande repercussão, mesmo que seja relevante isto não definem uma comunicação estratégica. Ela acontece quando toda a organização é capacitada a participar.
      Empresas que só praticam comunicação no nível de gerência não praticam comunicação estratégica. A implantação de uma comunicação estratégica exige planejamento, o que implica, na articulação com o processo de gestão, metas a curto, médio e longo prazo e avaliação constante do processo de comunicação que é posto em prática dentro dela.

FLUXO DAS COMUNICAÇÕES

Determinam o caminho percorrido pelas mensagens
Desde o que saem do emissor até chegar ao receptor na
Direção vertical  ou horizontal.
Direção Vertical
Fluxo descendente       

As mensagens , instruções, diretivas, procedimentos e metas saem dos cargos de nível hierárquicos mais altos, para os níveis mais baixos.
Fluxo ascendente           
As mensagens em geral – anseios, expectativas , resultados, sugestões saem dos cargos de níveis hierárquicos inferiores para os superiores.

Rede e canais
Nas empresas funcionam duas redes de comunicação: a Formal  e a Informal. Na primeira circulam as mensagens oficiais, e na segunda circulam todas as mensagens consideradas inadequadas para a circulação.
A eficiência de uma empresa pode ser avaliada considerando- se seus procedimentos internos relacionados à produção e também sua relação com o sistema externo. Dessa ótica, uma empresa será reconhecida como eficiente se devolver à sociedade os bens e serviços com qualidade proporcional à energia que dela retirou.

Sinergia
É mais difícil avaliar a eficácia e a eficiência na comunicação por ela ser um processo subjetivo e complexo. Entretanto quanto menor a perca de informações consideramos determinantes para a eficácia sendo eles: o ambiente, o tipo de mensagem, o público , os veículos utilizados.

A sinergia  na comunicação implica:
      Diminuição de custos,
      Maior rapidez nas respostas.

Rádio Peão
É o meio de comunicação complexa , informal e muito eficiente, pela qual circulam as mais variadas informações, notícias e rumores de interesses dos funcionários, não importando de sua hierarquia, formação profissional ou status.

Devemos ressaltar:
  1. Ela é criteriosa.
  2. Frequentemente, trata dos mesmos assuntos que os canais formais de circulação dentro da empresa estão tratando.
  3. Se a empresa omite ou fornece informação contraditórias, certamente a Rádio Peão terá bastante oportunidade para especular.
  4. É a forma de comunicação que compreende conteúdos relativos ao cotidiano da administração. Atende as áreas de planejamento e às estruturas técnico - normativas, e objetiva de orientar, atualizar, ordenar o fluxo das atividades funcionais.
  5. Ruídos :Excesso de informação; Inadequação da linguagem;
  6. Aperfeiçoar as comunicações administrativas :
*Há excesso de informações informais, fofocas, que impedem o desenvolvimento do trabalho?
 *Há retenção de informação para preservar poder? Gerentes / direção.

Comunicação Social

      A área da comunicação social dentro das empresas compreende a comunicação em massa, como jornais, revistas, rádio, televisão. Em geral, a comunicação social ocupa-se de jornalismo empresarial, acessória de imprensa, relações públicas, marketing cultural e eventos, publicidade institucional e comercial, identidade visual.
      Dentro do conceito de comunicação social, são de considerar comunicação interna e a comunicação externa.

Comunicação Interna

      No âmbito das emoções, as comunicações internas têm um grande serviço a apresentar: Estimular, integrar, criar um clima organizacional favorável, integrar áreas, departamentos, gerências e promover o sucesso pessoal.
      No âmbito racional, as comunicações internas devem se ocupar da consecução das metas da empresa.
      A ineficácia das comunicações internas está ligada com a ausência de uma proposta de valor:
*  Precisamos sempre estar atentos a atender as necessidades dos consumidores, precisamos aumentar nossa capacidade de percepção do que eles estão querendo;
*  O respeito entre colegas na nossa organização é primordial para uma boa relação e uma boa comunicação.

      É responsável pela imagem da empresa no mercado. Ela tem em vista a opinião pública.
      SAC : Cruza as  informações dos consumidores com da organização gerando feedbacks que servem para monitorar a imagem da organização.
      TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: Um dos meios mais utilizados modernamente para comunicação empresarial é a Internet.
      A área da editoração e identidade visual, comum as comunicações externas, ocupa-se de planejar e desenvolver materiais impressos e dar-lhes um padrão que projete positivamente a imagem da empresa exemplos, emails, relatórios, catálogos, manuais, comunicados , folders, cartões de visita.

Comunicação Oral

      As comunicação oral são muito utilizadas nas organizações, em conversas, entrevistas, reunioes telefonemas. Hoje os executivos ainda estão sujeitos a dar esclarecimentos à opinião publica , atendendo aos jornalistas.
      São comuns nos dias atuais os treinamentos no interior das organizações, tendo tendo sua delimitações ao uso de adverbios e adjetivos. Com isso temos um tema que é o tipo de linguagem a ser usada. Podendo ser enumeras as ideias, segue alguns tópicos que pode interessar a platéia.

      Tópicos
      Uso de giría
      Uso de palavras técnicas
      Uso de palavras respeitosas e de cortesia
      uso de adjetivos e advérbios
      Uso de expressões colocquiais, como pegae ele, pra mim ouvir, menas coisas
      Uso de gerundio
      uso de palavras de baixo calão
      Uso de diminutivo
      Uso de aumentativo
      Uso de siglas abreviadas.

Comunicação não verbal

A comunicação empresarial envolve tambem a comunicação gestual ou a comunicação não verbal. Justamente com as palavras são comunicadas nossas emoçoes, onde são transmitidas pelo tom da voz, pela expressão faciais, pelos gestos, pela postura e pelos olhos.

IDENTIDADE: a imagem da empresa

A identidade de uma empresa não se restringe apenas à sua logomarca. 
Ela é tudo aquilo que revela o que a empresa é, em sua essência: serviços, produtos, atendimento, relacionamento com seus clientes e funcionários, processos internos, equipes de trabalho, incentivos, participação no mercado em que atua, ou seja, tudo aquilo que é essencial para a existência da empresa.

Planejamento

Planejamento da comunicação empresarial afirma que um gestor de comunicação empresarial deve ser capaz de pensar e planejar estrategicamente, articular com uma equipe, atuando como gestor/executivo.

A estrutura, os departamentos que estão envolvidos com a comunicação dentro das organizações são:
      Relações públicas
      Acessória de Imprensa
      Marketing


terça-feira, 18 de março de 2014


RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: IMPORTÂNCIA PARA EMPRESA E SOCIEDADE


Alexsandro Wanderson
Aline Cristina
Anderson Alves
Danielle Carla
Felipe Nunes
Gilson Rafael
Givanildo
João Maurício
Patrícia Celestino
Sabrina Guedes




INTRODUÇÃO
A responsabilidade social empresarial (RSE) é uma tendência mundial.  O movimento de algumas empresas não deve ser confundido como um mecanismo de ação caridosa, que utiliza a filantropia como forma de consolação dos seus sentimentos por obterem lucros fáceis, à custa da exploração do trabalho das pessoas e dos recursos naturais abundantes. Estas ações surgem motivadas por dilemas éticos que se apresentam cada vez mais fortes diante da elevação dos níveis de consciência popular.

  






• Os primórdios da responsabilidade social das empresas e a Definição do termo responsabilidade social.
Desde os primórdios da civilização encontramos exemplos de cooperação. O homem primitivo que se sustentava a partir da caça, tinha comprometimento com o grupo. O produto da caça era repartido entre todos. A partir do momento em que se fixou na terra, que começou a plantar e a domesticar animais, sempre havia o sentido de cooperação, de proteção, de responsabilidade com todo o grupo.
Conceito: Entende-se por Responsabilidade Social Empresarial o comprometimento e o compromisso de uma empresa com relação à sociedade, a partir de todas as ações que afetam os indivíduos e organizações, envolvendo também, e principalmente, a prestação de contas para essa mesma sociedade. A postura ética da organização, que envolve de forma ampla o crescimento econômico com sustentabilidade, são componentes básicos da estratégia de uma empresa socialmente responsável. 

• Avaliação do desempenho social das empresas
Qualquer empresa, independente de seu porte, se capital aberto ou fechado, pública ou privada, é legalmente obrigada a prestar constas de suas operações financeiras através de instrumentos que possibilitem medir o desempenho social e contábil.
Na responsabilidade social do setor privado, há uma crescente movimentação em prol do desenvolvimento de indicadores e instrumentos que permitam medir condutas socialmente responsáveis das empresas através de instrumentos específicos de avaliação de desempenho social, pois a cidadania corporativa requer transparência e responsabilidade.
• Meios de Avaliação da responsabilidade social das empresas
Um dos modelos de avaliação social das empresas em relação a responsabilidade social divide esta em quatro critérios: econômico, legal, ético e discricionário, que juntos avaliam esta questão.
Critério de responsabilidade econômica: O objetivo é produzir bens e serviços que a sociedade deseja para maximizar os lucros para seus proprietários acionistas. Ou seja, a empresa deve unir seus interesses econômicos as expectativas da sociedade.
Critério de responsabilidade legal: um comportamento empresarial adequado onde as metas atingidas sejam legalmente aceitas pela sociedade e pelas leis. Ou seja, que a empresa seja regida por regulamentos, leis e padrões aceitos pela sociedade.
Critério de responsabilidade ético: inclui comportamentos não necessariamente previstos por leis, que podem não acarretar ganhos econômicos, mas que pressupõem equidade, justiça e imparcialidade e respeita os direitos individuais.
Critério de responsabilidade discricionária: é o critério mais elevado de responsabilidade social, mas é o último a ser levado em conta. Talvez por ser puramente voluntária e orientada pelo desejo da empresa em fazer alguma contribuição social não imposta pela economia, pela lei ou pela ética, inclui contribuições que não ofereçam retornos para empresa e nem mesmo são esperados.
Todos estes critérios juntos possibilitam avaliar o desempenho social, mas se um deles falhar descaracteriza o modelo e assim não será válida.
Outro modelo que também contribuí para avaliar o compromisso e a transparência das empresas com a responsabilidade social é o Balanço Social. Implementado na França, desde 1977, e desde então tornou seu uso obrigatório em todas as empresas com mais de 750 funcionários.
O balanço social recapitula num só documento os principais dados quantitativos, permitindo apreciar a situação econômica da empresa no domínio social, comportando informações sobre o emprego, as remunerações, as outras condições de trabalho, as relações profissionais e suas famílias, na medida em que estas considerações dependem da empresa.
Em resumo, Balanço Social é um instrumento que reúne um conjunto de informações sobre as atividades de caráter social e não obrigatórias que uma empresa realiza com o objetivo de gerar maior bem estar junto a todas as partes interessadas – funcionários, comunidade, parceiros e outras. As informações são mensuradas e apresentadas em forma de relatório. Tal como no balanço contábil, torna-se documento que permite um aperfeiçoamento contínuo das ações realizadas.
Há ainda três áreas de inovação que podem ser auditadas nos demonstrativos corporativos relativas à responsabilidade social: o meio ambiente, a ética e o impacto social.
Responsabilidade social auditoria ao meio ambiente: Desde a década de 60, determinados grupos da sociedade têm questionado sobre o esgotamento dos recursos naturais do planeta, em função da utilização intensa pelo setor produtivo. Daí surgiu a necessidade urgente de regular as atividades nocivas ao meio ambiente. A primeira lei de proteção ambiental surgiu nos EUA em 1968, onde obrigava as empresas a apresentar um relatório sobre os impactos ambientais de suas operações. E também podemos salientar a série ISSO 14000, de 1996, norma globalmente conhecida que, através de avaliações sistemáticas e periódicas, audita e certifica o desempenho das organizações em relação a gestão ambiental.
Responsabilidade social auditoria ética e social: são ferramentas de gestão empresarial que diferem em relação aos públicos avaliados, interno ou externo. A auditoria ética é essencialmente interna, refere-se a uma forma de ouvir as idéias especialmente dos funcionários das empresas, em relação a como a empresa se comporta, o que faz e como faz. Já a auditoria social avalia e responsabiliza das organizações pelo impacto social causado.
Enfim, os modelos e indicadores e normas apresentados possibilitam conhecer alguns dos principais instrumentos mundialmente conhecidos e aceitos para mensurar e orientar as empresas na incorporação de uma gestão socialmente responsável.
As empresas são consideradas poderosos agentes de desenvolvimento econômico e, portanto, têm um papel social fundamental e pode influenciar os rumos da sociedade para caminhos que contemplem melhores condições de vida e bem-estar coletivo, qualidade de vida e sustentabilidade do planeta.


• Compromisso das empresas com a responsabilidade social;

As discussões nos meios acadêmicos e empresarial, favoráveis ou desfavoráveis em termos conceituais e operacionais, sobre a responsabilidade social no mundo dos negócios, apresentam questões de origem econômica, ética, doutrinária e social.
            Os argumentos econômicos contrários à opção ou até à obrigatoriedade da empresa em investir em outras áreas que não seja a economia são definas por Fridman(1970), que considera como única função da empresa gerar lucro aos seus acionistas.
            Questões referentes aos lucros, aos custos e à produtividade também são tidas como argumentos desfavoráveis a responsabilidade social, se não tiverem bem esclarecidas às empresas(TOMEI, 1984). Em relação   lucro, poderia representar um argumento contrário à prática da responsabilidade social se não for devidamente esclarecido ao setor privado que um comportamento socialmente responsável não é uma oposição ao comportamento maximizador de lucro(MOTTA apud TOMEI, 1984).
            A questão dos custos e da produtividade vem à tona quando a empresa estabelece objetivos sócias cujos investimentos realizados geram custos que, no curto prazo, precisam se absorvidos pela organização. Além disso, ao envolver-se em objetivos sociais a empresa pode desviar a atenção da produtividade econômica  e dividir interesses e atenções, resultando em menor produtividade. Sob esta ótica, responsabilidade social poderia comprometer o papel econômico da empresa na sociedade.
            Assim, um comportamento socialmente responsável por parte da empresa até pode gerar custos financeiros, o que poderia, no curto prazo, representar um argumento desfavorável à responsabilidade social das empresas. Mas, em função de expectativas da sociedade em relação às empresas cumprirem seu papel social essa atitude melhora a imagem pública da empresa, que é valorizado junto à sociedade, o que também contribui para o alcance de seus objetivos de longo prazo ou seja ser socialmente responsável, nessa ótica, contribui para a melhoria do desempenho econômico e sustentabilidade do negócio.
            Os primórdios da literatura sobre responsabilidade social trazem a expressão doutrina da responsabilidade social como referencia a “ aceitação voluntária de responsabilidade social dos homens de negócios”(BOWEN , 1957, P. 15), A responsabilidade social estava associada, assim a atos de filantropia dos executivos, voluntários e com interesses no bem estar coletivos.
            A responsabilidade social das empresas, em seu sentido mais amplo, é a consciência ética,  o agir corretamente, o compromisso de ser “responsável” ao não tomar decisões, cujas consequências possam ferir quaisquer interesses sócias, seja tanto em relação aos steakholders internos e externos, mas também à sociedade como um todo. E, além disso, é “ ter responsabilidade perante os problemas sócias que assolam o mundo, tomando atitudes concretas para enfrentá –los , por uma questão de valor moral e ético, de compromisso humano e social. Isto é ser socialmente responsável social.
            A responsabilidade social precisa, assim, ser assumida enquanto compromisso social das empresas, cuja tomada de decisão e atitude devem estar baseados em princípios morais que estão acima de quaisquer interesses privados e puramente econômicos morais que estão acima de quaisquer interesses privados e puricamente econômicos, ou do simples cumprimento do que está codificado pela lei, pois a empresa, além de importante agente de desenvolvimento econômico também pode ser agente de desenvolvimento humano e social.
            O que é consenso é que a gravidade dos problemas sócias que assolam a humanidade não pode mais passar despercebidas, e a empresa te papel fundamental na melhoria das condições de vida não só das partes interessadas, mais também da sociedade como um todo. Os resultados dessas ações, desempenhadas pelas empresas, encontram no Balanço Social o local para sua divulgação e visibilidade à opinião pública em geral.

• CULTURA E RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA NO TERCEIRO MILÊNIO.
            Um dos fatores determinantes para entendimento da responsabilidade social da empresa é a cultura, pois a mesma é quem determinará em sua maior força de expressão os reais costumes da empresa.
            As empresas do terceiro milênio não são compostas apenas de máquinas e formulário ou mesmo operações mecanicistas, mas de pessoas e são elas que determinam o comportamento passivo da empresa, que dirá se a mesma é ética ou não, responsável socialmente ou omissa de suas obrigações para com o planeta.
            Ao afirma-se que a responsabilidade social esta intimamente ligada à cultura (sistema de visão e de valores em cujo contexto se dá as ações e práticas de determinada sociedade) assim definido pelos antropólogos que explicam os valores culturais serem símbolos e regras  de interpretação da realidade, estrutura cognitiva que dizem que o humano sendo um ser social pensa e age de acordo com o grupo em que convive. Já Segundo o Instituto Ethos: “Empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os interesses das diferentes partes (acionistas, funcionários, prestadores de serviço, fornecedores, consumidores, comunidade, Governo e meio ambiente) e conseguir incorporá-los ao planejamento de suas atividades, buscando atender às demandas de todos, não apenas dos acionistas ou proprietários".
Não podem ser consideradas empresas socialmente responsáveis àquelas que realizam algum ato em prol da sociedade, mas que, de outra forma, não respeitam os ditames básicos da lei.

• Tendências e desafios para a responsabilidade social nos negócios;
O caminho para uma sociedade sustentável requer uma nova perspectiva sobre os impactos das decisões e ações de todos os agentes sociais. Tal perspectiva aponta alguns desafios.
Primeiro desafio: A avaliação do desempenho balanceado das empresas pode ser adotada como referência à orientação a partir do diálogo social com stackeholders, recomendado pelo padrão internacional. essa avaliação poderia atingir o chamado resultado triplo, que inclui os aspectos ambientais, sociais e econômicos.
Segundo desafio: Transcender as fronteiras da empresa é preciso descentralizar o debate sobre responsabilidade social, que hoje tem a empresa como centro e origem de toda responsabilidade passando-se a adotar novas premissas:
·         Buscar a responsabilidade social de todos os indivíduos, organizações e instituições em suas decisões e ações na sociedade.
·         Considerar o poder de compra e consumo dos indivíduos, das organizações privadas e publicas como fomentador de um mercado responsável, ou seja, criar uma nova lógica de mercado que privilegie o fornecimento por empresas que concebem seus produtos de forma socialmente responsável.
·         Formação profissional de nível técnico e superior para uma sociedade sustentável, proporcionando a consciência de vivermos em uma rede de complexidade com múltiplos e simultâneos fatores antecedentes e resultantes.
Terceiro desafio: Transparência organizacional. As empresas, tanto permeáveis como responsivas, deverão, a partir de normas, princípios e valores assumidos e praticados no cotidiano no trato com os stakeholders:
·         construir relações de confiança;
·         reger suas relações por normas de conduta;
·         incentivar e adotar parcerias que agreguem valor mutuamente;
·         tomar decisões empresariais considerando aspectos econômicos, ambientais e sociais.

ROTEIRO BÁSICO PARA O AUTOCONHECIMENTO DA EMPRESA QUANTO AO SEU SENTIDO PARA A RSE

Um passo necessário para a empresa definir sua orientação estratégica quando a responsabilidade social junto com seus Stakeholders é considerar os aspectos sociais, políticos, econômicos, ambientais e legais presentes que estão relacionados.  O conceito da empresa afetará a dimensão de visão e de mudanças quanto à orientação estratégica para a responsabilidade social.






A imagem acima mostra para cada empresa visualize a raiz de sua orientação estratégica a partir de seus valores/princípios, missão, e visão em longo prazo, (qual é a imagem para o futuro da empresa), os quais vão ser como base para as decisões e operações de seus negócios, expressas na conduta das pessoas que trabalham para essa empresa.
• Roteiro para autoconhecimento.
1. Que valores e princípios a empresa adotará quanto à sua responsabilidade
social corporativa diante de seus públicos (stakeholders)? 
a) acionistas e investidores;
b) agentes financeiros;
c) pessoas físicas e jurídicas contratadas pela empresa;
d) concorrentes;
e) parceiros privados, estatais e não-governamentais;
f) cadeia de compradores/consumidores (diretos e indiretos);
g) cadeia de fornecedores (diretos e indiretos);
h) ambiente local, regional, nacional e mundial;
i) comunidade local;
j) governo federal, estadual e municipal.
k) gerações futuras de stakeholders (impacto a longo prazo);
2. Como a empresa conhece, analisa e decide quanto aos impactos de suas políticas estratégicas e suas operações em termos de aspectos econômicos, sociais e ambientais?
3. Até que ponto a empresa irá formalizar e divulgar suas intenções de conduta diante de seus públicos quanto a considerar aspectos ambientais, econômicos  sociais de suas decisões e operações (código de conduta da empresa)? 
4. Quais serão os critérios para avaliar o desempenho total e o sucesso dos negócios operados pela empresa?
a) Aspectos econômico-financeiros, pela contabilidade clássica dos demonstrativos analisada pelo mercado financeiro e de investimentos.
b) Aspectos de desempenho da produção;
• economia de recursos ambientais, humanos, financeiros, materiais e patrimoniais;
• eficiência na relação entre produção e recursos utilizados.
• eficácia para atingir metas de produção;
• programas de melhoria, além dos requisitos legais, no balanceamento de aspectos econômicos, sociais e ambientais na operação dos negócios da empresa;
c) Aspectos de satisfação nas relações de trabalho;
• satisfação das pessoas físicas e jurídicas quanto ao desempenho da empresa;
• atendimento dos requisitos legais no trato da empresa com seus diversos stakeholders.
• programa de melhoria no balanceamento de aspectos econômicos, sociais e ambientais na operação dos negócios da empresa.
d) Aspectos de contribuição da empresa para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável.
• análise do ciclo de vida do produto e gestão dos processos quanto a seu impacto social, ambiental e econômico para a sociedade;
• educação do consumidor e demais stakeholders quanto a consumo e emprego responsáveis pelos insumos e produtos associados ao negócio;
• promoção da produção responsável ao longo da cadeia de fornecedores e compradores associada ao negócio da empresa.
• promoção e aplicação de pesquisas e fóruns para o emprego do processo de produção e consumo sustentáveis.

• Justificativas e caminhos para a RSE;
As transformações ocorridas nos últimos anos têm defrontado o mundo empresarial com uma nova realidade. Preço, qualidade e bom atendimento, entre outros atributos, eram considerados até pouco tempo um diferencial na relação da empresa com o mercado. Hoje são consideradas condições mínimas para uma empresa sobreviver. Em virtude da maior conscientização do consumidor e da consequente procura por produtos e praticas que gerem a melhoria para o meio ambiente ou comunidade, valorizando aspectos éticos ligados à cidadania, o mundo empresarial vê na responsabilidade social uma nova estratégia para aumentar seu lucro e potencializar seu desenvolvimento. Nesse sentido o que tem sido exigido das empresas pelo mercado global é um comportamento ético e transparente, em que o foco nos aspectos sociais e ambientais, visando a um desenvolvimento econômico sustentável, ganha cada vez mais importância.
A responsabilidade social está relacionada com a gestão de empresas em situações cada vez mais complexas, nas quais questões ambientais e sociais são crescentemente mais importantes para assegurar o sucesso e a sustentabilidade nos negócios. Na mesma linha de raciocínio, afirma-se estrategicamente que as organizações têm mudado seu foco de atuação social. O assistencialismo e a filantropia perderam espaço para as estratégias administrativas, que visem ações planejadas de longo prazo, nas quais o impacto e o resultado sejam tratados de forma semelhante ao resultado econômico e financeiro. Portanto a RSE é um movimento que está se estruturando em vários seguimentos da sociedade, seja nas iniciativas de projetos de lei, de empresários, de mercado e da sociedade civil organizada, o que indica que vai se consolidar nas práticas e princípios de gestão empresarial e na lógica de atribuição de valor às empresas pelo mercado. As empresas que ainda não assimilaram o conceito têm de fazê-lo com urgência, pois isso passou a ser uma cobrança da sociedade e de parte do mercado global, que cada dia diferencia mais e valoriza as empresas em virtude de seu comportamento com o social.

• OS INVESTIMENTOS SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS.
Bancos e administradores têm lançado fundos específicos, que destinam verbas para investimento em empresas com projetos nas áreas social e de meio ambiente. Ao mesmo tempo, analistas passaram a recomendar a compra das ações dessas companhias. Isso tudo porque investir na responsabilidade social dá retornos financeiros á longo prazo e representa menor risco para o investidor. Investidores estrangeiros tem pautado suas ações em informações sobre as práticas sociais e ambientais de empresas brasileiras.
             O crescimento dos investimentos socialmente responsáveis reforça a relação entre a responsabilidade social e a valorização dos papéis da empresa. Os investimentos socialmente responsáveis representam um produto criado para atender a um pequeno mais cada vez maior, nicho de investidores com preocupações éticas em todo o mundo.
Em novembro de 2000, um grupo de 39 importantes investidores financeiros, gerenciando um patrimônio de mais de U$ 140 bilhões, enviaram uma carta aos CEOs das 500 maiores companhias norte americanas solicitando que eles adotassem relatórios ambientais. Isso vem indicando uma crescente influencia do desempenho sobre o sucesso financeiro e o valor apropriado pelos acionistas.
Dentro da tendência internacional de criar fundos de ações de investimentos socialmente responsáveis, foram lançados no brasil, em novembro de 2001 pela ABN fundos Ethical. Trata-se de fundos de ações compostos por organizações listadas nas bolsas de valores do país, inédito no Brasil, e pioneiros no mercado Latino-Americano.  Esses papéis são escolhidos conforme a responsabilidade das empresas para com todos os seus acionistas, credores, funcionários, clientes, fornecedores, governo, comunidade e sociedade.
O objetivo dos fundos é investir em ações de empresas que possuam práticas que evidenciam preocupação com aspectos sociais e/ou relacionados à proteção do meio ambiente e/ou que adotem, voluntariamente, boas práticas de governança corporativa.
A seleção das empresas que compõem os fundos compreende a avaliação de desempenho (que inclui aspectos econômico-financeiros), práticas ambientais, práticas sociais internas e externas e qualidade da governança corporativa. As informações são fornecidas pelas empresas por meio de um questionário com 64 questões, que delineia um quadro das práticas corporativas. Após a análise das informações, as empresas selecionadas passam pelo crivo do conselho consultivo, um grupo composto por membros independentes com experiência em responsabilidade social, ambiental, e governança corporativa que auxiliam o administrador do fundo nessas questões podendo inclusive sugerir ou vetar alguma ação da aplicação financeira. São automaticamente excluídas do fundo as empresas dos seguintes setores: fumo, bebidas alcoólicas, energia nuclear, armas e munição, pornografia e jogos de azar.
A intenção do banco real/Abn Anro é incentivar e disseminar o conceito de investimento socialmente responsável no mercado financeiro brasileiro como um todo, pois, na visão do banco, não se trata somente de um produto de investimento, mas principalmente da conscientização, de que, quando se investe em um fundo composto por ações de empresas que se preocupam com o meio ambiente e com a sociedade, na verdade está se estimulando as empresas a produzirem sem agredir o meio ambiente e a respeitarem seus funcionários, a comunidade e a sociedade. Dessa forma, tenta-se demonstrar que todos tem o poder de interferir direta ou indiretamente na construção de um futuro melhor.
Já o Unibanco desde Janeiro de 2001 está fornecendo á seus clientes investidores estrangeiros informações sobre as práticas sociais e ambientais das empresas brasileiras. O banco tem trabalhado em um setor que pesquisa empresas com ações nas bolsas de valores. Por meio de relatórios voluntários, respondidos por empresas nacionais, expõe dados referentes ao seu comportamento social, que recomendam ou não a compra de suas ações.
• Como mensurar o desempenho social das empresas;
O aparecimento de orientações sobre as políticas de responsabilidade social, índices e classificações relativamente aos comportamentos socialmente responsáveis, bem como o crescente interesse e intervenção de organismos de âmbito regional e internacional, nomeadamente a CE e a OCDE, denotam a crescente consciencialização das questões sociais ao nível dos negócios das empresas.
Indicadores desempenho social são avaliados;

Condições de trabalho
- Levar em conta as boas condições de segurança e saúde no trabalho;
Questão ambiental
              - Parte dos lucros investidso em melhoria ambiental;
               - Controle de insumos usados na produção diária;
   - Controle da poluição

Responsabilidade sobre o produto
             Números de medidas implementadas com objetivo de melhora o produto, média de reclamações dos clientes insatisfeitos com o produtos.

Perfil dos empregados e a diversidade
Media de Estagiários, e pessoas com deficiência na empresa.
O DSE (desempenho social empresarial) está relacionado mais com os meios do que com os fins da atividade empresarial. O resultado financeiro, o volume de vendas, a quota de mercado ou a valorização do capital são indicadores que medem a concretização dos fins a que se destina a atividade da empresa. O DSE espelha a forma como a empresa, no desenrolar da sua atividade, utiliza os recursos disponíveis e promove o seu desenvolvimento, transfere meios para apoiar causas sociais, protege e respeita o ambiente e a comunidade envolvente (Miles, 1987). Destaca-se, por exemplo, no âmbito do DSE, o tratamento justo e responsável dos trabalhadores, as práticas transparentes, a limitação dos desperdícios e da produção de matérias poluentes ou os donativos e apoio a obras e iniciativas comunitárias de índole social, cultural ou desportiva.
Ativos mais velhos, mais problemas ambientais isso significa dizer que verificou quando levada em consideração a idade das empresas com ativos, gestores mais velhos, têm as taxas de responsabilidade mais baixas. A explicação se da porque empresas mais antigas foram construídas numa época onde a regulamentação era menos severa.
O terceiro ponto é que o desempenho financeiro da empresa influencia a responsabilidade social e não ao contrário. Um bom desempenho financeiro garante que empresas galgadas com responsabilidades sócias invistam em comunidade, políticas públicas e bem estar social.
As preocupações de natureza social e ambiental são uma realidade há já algumas décadas. A crescente globalização das economias, acompanhada pelas preferências e valores do mercado, veio acelerar todo o processo associado à definição do conceito de RSE. O surgimento de orientações sobre as políticas de responsabilidade social, bem como o interesse e intervenção de organismos regionais e internacionais revelam também a crescente consciencialização das questões sociais no âmbito dos negócios.  A relação entre a responsabilidade social e o desempenho organizacional das empresas, em particular o econômico-financeiro, tem sido objeto de muita investigação, todavia, sem a obtenção de resultados consistentes e conclusivos. Na realidade, os resultados a que chegaram os vários investigadores são contraditórios quando comparados entre si, na medida em que alguns concluem que a relação entre o desempenho social e o desempenho econômico-financeiro é positiva, outros que é negativa, outros ainda que a mesma é inexistente ou neutra. Estas conclusões têm dificultado o estabelecimento de um quadro teórico sobre esta temática. A relação positiva é na maioria dos estudos explicada pela teoria dos stackeholders. A hipótese do impacto social é apontada como justificadora da existência da relação causal positiva no sentido de que “um melhor desempenho social promove um melhor desempenho econômico-financeiro”.











CONCLUSÃO
Verificamos que a responsabilidade social nos negócios tornou-se um diferencial competitivo necessário para alcançar mercados nacionais e internacionais. Com base nesse ponto e em outras questões recentes, contemplam temas como ética, princípios e valores; o contexto histórico da ética e da responsabilidade social; modelos e relações comunitárias, financeiras, trabalhistas e de comércio, além de prestação de contas.

















BIBLIOGRAFIA

Livro: Responsabilidade Social das Empresas e o Balanço Social.
Autor: Luiz Edgar Medeiros, Carlos Nelson dos Reis.
Editora: ATLAS

Livro: Ética e Responsabilidade Social nos Negócios. 2 Edição .
Autor: Armindo dos Santos de Souza Te; Elvira Cruvinel Ferreira Ventu; Lilian Mara Aligleri; Roberto do Nascimento Ferreira; Alexandre Jorge G. Cardoso; Antonio Rodrigues Alves; Adele Queiroz; Andréa Alcione De Souza; Benilson Borinelli; Letícia Helena Medeiros Veloso; Paulo Rogério dos Santos Lima; Patricia Almeida Ashley; Jorge Bezerra Lopes Chaves.
Editora: SARAIVA